Uma (espécie de) receita para ser feliz
Hoje acordei com o tímido nascer do dia. Antes da chuva (re)começar a cair. Sem despertador. Sem pressa. Sem contrariedade. Aproveitei o silêncio que àquela hora envolve a casa e entreguei-me, sem reservas, a um tempo só meu, sem diálogos ou interacções. Apenas eu e os meus pensamentos. Definitivamente, sou uma pessoa das manhãs. É neste momento do dia que tudo me parece mais claro, mais evidente. É de manhã que consigo dar ordem às ideias que se vão avolumando nos dias em que não tenho tempo, nem vagar (nem disponibilidade mental) para as explorar, deixar fluir e ordenar. Hoje depois de uns (intermináveis) dias em off, em que o meu pé mal me permitia sair da cama sem ajudas, começo a sentir a segurança necessária para resgatar (alguma da) a minha autonomia. Devagarinho, titubeante e sem pressa, saí da cama e fui até à cozinha, reencontrar-me com um dos meus maires prazeres: cozinhar! Esta hora matutina pedia simplicidade e conforto. Sem pensar muito, comecei a preparar