Tarte de tomate, uma receita simples e deliciosamente surpreendente
Em plena estação do Tomate, este fruto tem abundado lá
por casa. Ou porque chegam oferecidos, ou porque não lhes resisto ao cheiro e
cor quando os avisto nos mercados... Não só pelos seus incontestáveis benefícios de que já falei aqui, mas também pelo seu inconfundível sabor [que
adoro!!], há que aproveitá-los a todos. Os mais firmes para saladas, os mais
maduros para molhos ou sumos, os mais carnudos para sopas e gaspachos.
Enfim, são imensas as possibilidades, e o limite é a
imaginação!
Desta vez decidi-me por uma tarte. O único requisito
era que fosse simples [muito, mesmo muito simples!] porque a vontade de
cozinhar andava ali muito próximo do zero.
O segredo [e sucesso] desta receita está inteiramente na
qualidade do tomate! Neste caso optei por usar várias qualidades, de diferentes
cores e tamanhos, o que visualmente resulta muito bem! Aliado a esta explosão
harmoniosa de cor, o aroma que se espalhou na cozinha quando retirei a tarte do
forno aguçou o apetite. À primeira garfada, a minha suspeita estava confirmada:
receitas simples também podem ser deliciosamente surpreendentes!
Não deixem de provar, porque vale [mesmo] a pena!
MATERIA-PRIMA
Para a base:
200g de farinha de aveia * 70g
de farinha de trigo integral * 1 ovo [de preferência biológico] * 3 colheres de
sopa de azeite de boa qualidade * 1 pitada de sal, a gosto * 1 colher de sopa
de linhaça moída (opcional) * 2 colheres de sopa de água
Para o recheio:
2 cebolas * 6 tomates de
diferentes qualidades (usei zebra, coração de boi e chucha) * 1 ovo [de
preferência biológico] * 1 iogurte natural * 1 colher de azeite de boa
qualidade * 4 raminhos de tomilho * flor de sal
PASSO-A-PASSO
Começar por preparar a massa. Numa
taça média, deitar primeiro as farinhas, a linhaça e o sal. Acrescentar o ovo
inteiro, o azeite e a água. Com a ponta dos dedos, começar a ligar os
ingredientes até obter a consistência de massa. Formar uma bola e deixar
repousar 20 a 30 minutos. Estender a massa, em cima de uma folha de papel
vegetal, esticando-a até estar bastante fininha (cerca de 3mm de espessura).
Colocar a massa numa tarteira, ajustando-a bem. Se necessário cortar o excesso
de massa. Com a ajuda de um garfo, efectuar pequenos furos na massa, para que
esta respire.
[Depois de ter a massa pronta o
recheio é piece of cake!]
Começar por cortar os tomates
às rodelas e deixar repousar 5 minutos num coador para que libertem o excesso
de água.
Numa frigideira, aquecer o
azeite e caramelizar as cebolas cortadas em rodelas. Quando estiverem
intensamente douradas apagar o lume e reservar até que arrefeçam um pouco.
Numa tigela, bater o ovo com o
iogurte, temperar com uma pitada de sal e verter por cima da massa.
Quando as cebolas estiverem
mornas, dispô-las numa numa camada, por cima do preparado de ovo e iogurte, na
tarteira. Em seguida dispor as rodelas de tomate já escorrido. Temperar
generosamente com a flor de sal e o tomilho.
Levar a tarte ao forno, pré-aquecido
a 190ºC, por cerca de 15-20 minutos (até que todos os líquidos da tarte sequem
e o tomate esteja ligeiramente tostado.
Servir morno.
Simples ou acompanhado de uma
bela salada de rúcula e milho!
Nota: No meu caso, como tinha massa congelada foi mesmo muito
simples de preparar esta receita. Por norma, sempre que ponho literalmente a
mão na massa, para fazer a dita, acabo por dobrar ou triplicar a receita e congelar
as partes que não uso. Duram entre 6 a 8 semanas no congelador. Assim nestes dias
de pouca inspiração e quase nenhuma vontade, há sempre uma solução express! Uma
dica, optem por congelar bolas mais pequenas de massa, pois assim descongela
bem mais depressa. Em último caso, quando
tudo falha, há sempre o recurso às bases de massa fresca, prontas a usar.
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